Link em Private Banking
Matéria publicada no Valor Econômico de 23 de Janeiro de 2006.
Link cria área para atender os clientes de alta renda
Por Daniele Camba
De São Paulo
A Link, corretora que tem como sócios Daniel e Marcelo Mendonça de Barros - filhos do ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros -, está colocando um pé no segmento de pessoas físicas de alta renda na Bovespa. Para isso, acaba de criar uma área private, que vai atender investidores abonados, com patrimônio a partir de R$ 1 milhão.
O objetivo é oferecer assessoria de investimento a esses clientes que, apesar de abastados, ainda estão num nível de riqueza considerado baixo pelos grandes bancos, por isso são mal atendidos pelas áreas private, diz Marcos Elias, um dos sócios da corretora.
"Os clientes com R$ 20 milhões, por exemplo, são o foco dos bancos, enquanto os menores são relegados a segundo plano", diz Elias. O projeto, segundo Daniel Mendonça de Barros, é atender também o investidor de menor porte, mas antes a corretora terá de investir pesado em tecnologia, condição primordial para crescer em escala, que é a fórmula do sucesso no atendimento à pessoa física.
Na parte de gestão de recursos, num primeiro momento, a corretora deve oferecer os fundos da Quest Investimentos, que é a gestora ligada ao grupo e tem como principal sócio e estrategista o próprio Luiz Carlos Mendonça de Barros. O projeto, no entanto, é oferecer fundos também de outras assets, assim que a nova área tiver massa crítica de clientes.
A corretora começou a atender pessoas físicas há dois meses e já conta com 50 clientes. Até então, a Link atendia de forma informal apenas os clientes pessoa física que estão por trás dos seus investidores institucionais na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). A meta inicial é ter uma carteira com pelo menos 500 clientes.
A participação desses negócios com o investidor pessoa física na receita da corretora pulou de 2% para 5%. E isso é só o começo. Para Norberto Giangrande sócio da Link, com o interesse crescente dos brasileiros em investir em bolsa e a carência que possuem de um atendimento personalizado, essa área tem potencial para representar até mais da metade da receita da corretora. "A nossa área private pode se tornar conhecida por ser uma das únicas especializada em bolsa", diz Giangrande.
Apesar da criação de uma área private, a grande aposta da corretora ainda são os clientes institucionais da BM&F. Apesar de nova, se comparada a algumas que estão no mercado há décadas, a Link está entre as mais ativas. Ela estreou na BM&F em 1998 e, desde 2002, é líder do ranking em termos de volume de negócios.
Na Bovespa, a entrada é mais recente. Primeiro comprou um título da Bolsa de Santos, o que lhe permitia operar na Bovespa via outra corretora. No entanto, percebendo a recuperação no volume de negócios, em junho de 2004 comprou os títulos da bolsa paulista e passou a operar sozinha. Em 2005, montou uma área de análise de renda variável.
Monday, January 23, 2006
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