Wednesday, January 11, 2006

Saga

Matéria publicada no Valor Econômico de 11 de Janeiro.

Saga abre carteira de olho na recuperação de multimercado
Catherine Vieira Do Rio

Depois de alguns anos difíceis para os multimercados - que registraram fortes resgates nos últimos três anos -, a expectativa de aumento de volatilidade, costumeira em anos eleitorais, já anima novos gestores a abrir as portas para a captação de recursos de terceiros. É o que vem acontecendo com a Saga Investimentos. O multimercado, que já vinha operando recursos próprios para montar um histórico de cotas e desde o fim do ano passado, já aceita novos cotistas em seu fundo multimercado tradicional, o Saga AGC e no fundo de fundos Saga Albatroz.
Instalada na Barra da Tijuca, para onde muitos gestores têm migrado nos últimos tempos, a Saga é liderada por Carlos Carvalho Júnior, ex-Bankers Trust e Icatu, e que já está na estrada independente há algum tempo, desde que montou a Macro Asset Management (que hoje se chama Questus). Junto com os sócios Rafael Icaza (ex-UBS) e Luiz Felipe Urquiza (ex-BofA e Mellon), Carvalho investe num modelo de multimercado mais focado no mercado de ações, sua especialidade desde os tempos de Icatu.
Apesar de não ter fugido à regra de 2005, quando os multimercados atravessaram um período de ganhos menores, o Saga AGC apresenta ganhos de 132% do CDI desde seu início, em setembro de 2003. "Este ano começou bem para os multimercados e acredito que vai haver um aumento de volatilidade, que deve beneficiar mais esse segmento", disse Carvalho.
Segundo ele, os fundos multimercados podem acabar se tornando mais interessantes porque neste tipo de carteira o gestor pode sair mais rápido de determinados investimentos no caso de uma reversão de tendência. "A bolsa já não está mais tão barata quanto era e, se ocorrer uma mudança de rumo, o multimercado sofre menos que os fundos de ações, mas ao mesmo tempo pode aproveitar oportunidades na renda variável", diz.
Carvalho explica que o fundo Saga AGC está agora com uma volatilidade em torno de 2%, mas que a previsão é que essa média seja maior em períodos mais longos. "A idéia é ficar com oscilação em torno de 5% no ano", diz. "Usamos uma estratégia de multimercado convencional, com foco grande em renda variável, mas sem correlação com nenhum mercado específico".
A administração e a custódia dos fundos ficam a cargo do Pactual e a taxa de administração do multimercado é de 2%, mais a performance de 25% sobre o que exceder o CDI. A aplicação mínima é de R$ 50 mil. Já no fundo de fundos, a taxa de administração é de 1%, mais 20% de taxa de performance sobre o que exceder o CDI e a aplicação mínima é mais elevada, de R$ 100 mil.

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